3.23.2007

ELO - Prólogo

Leia o post anterior antes de iniciar a leitura.


Algumas historias ao ser contadas, pedem para começar com um esperançoso "Era uma vez".
Historias contadas por pacientes e bondosos avós, com suas vozes cansadas, Doces, tenras...
Mas houve uma vez, uma vez há muito tempo atrás, quando guerras brotavam no coração dos homens, como o Miro brota nas montanhas...a história de Três jovens.
Três obestinados jovens que partiram de sua vila, uma pequena vila no coração de um belo vale, para recuperar a dignidade dos homens, a bondade, trazer o mundo de volta a paz.
Que fardo pesado para esses jovens, mas era exatamente a importância de tal tarefa que pedia para que ela fosse realizada, com tamanha paixão.

Lendas muito antigas, mais antigas do que os avós que as contam, e os avós antes deles, nos dizem da terra de Nurin. Além dos vales conhecidos, além daquelas montanhas que para nós são somente sombras azuis no horizonte. A terra de Nurin, aonde repousa o Dragão rei, aonde repousa o tesouro e a sabedoria do povo antigo. O Ultimo povo pacifico.
De onde os homens do povo médio sairam, banidos, para nunca mais voltar.

Há eras, é proibido rumar naquela direção. Há um marco aonde as tres estradas se cruzam. Um monumento a todos aqueles que um dia tomaram o rumo da quarta estrada e nunca mais retornaram para contar a historia.
O que houve com eles? que destino tiveram? Tiveram mortes terríveis nas garras de terríveis feras como nos dizem os contos do alarmado velho Holt, ou encontraram o paraíso? Nurin com seus jardins de flores das mais diversas cores, suas verdes pradarias e bosques frescos.

Alguns homens constumam dizer, que se as três estradas partem daquele marco, foi a partir da quarta estrada que elas se dividiram, então, o caminho de volta deveria sim ser tomado. para retomar a estrada principal, a estrada que levaria os homens, condenados as suas guerras sem fim, a reencontrar-se com seu glorioso passado.

E era assim que pensava o Jovem Nicholas Goldwicth.

Nichola naquela epoca contava os anos certos para ingressar na academia das artes da guerra. Ele fora, desde pequeno preparado para amar sua espada, mas ele aprendeu a vê-la sob outro aspecto.A espada para ele era Arte. as linhas finas de seu contorno afiado, eram como os cabelos de uma bela mulher ao vento, e o som que zunia quando ele a empunhava numa tarde de sol, lembrava a musica dos deuses antigos. Nicholas era um guerreiro com alma de poeta, ou um poeta que via na guerra sua maior poesia, como assim dizia seu orgulhos e velho pai.

Mas na verdade, Nicholas era um garoto sonhador. De alma boa, como a maioria dos homens daquela terra. a terra famosa em formar grandes guerreiros, que lutaram bravamente sobe o signo de vossa magestade nas guerras perdidas de Outrora. Todos morreram como heróis, alguns com tão pouca idade que nem sequer chegaram a compreender a vastidão da vida, quanto mais enfrentar a solidão e o frio da morte. Não era essa a intenção de Nichola.
Os heróis de guerra tinham sim seu valor, pois inspiravam os jovens, a seguir seus ideiais, a lutar por eles. Mas eram os poetas que os celebravam em tempos de paz. E Nichola queria a poesia dessa paz, que tão poucos conheciam naquele tempo.
Tempos de guerra.
Diziam os mais velhos. Todos os dias todas as horas... preparando-se para o chamado, quando o som dos chifres ecoassem pelos vales, chamando o exército para as pradarias vermelhas, aonde o sangue derramado celebraria a vitoria ou homenagearia a derrota dos que lutam bravamente. sem questionar...